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Nifedipina

13 de dezembro de 2009

Em que situações esse medicamento pode ser utilizado?

Nifedipina é indicado para o tratamento da pressão alta, da crise aguda de pressão alta e da doença coronária. É um antihipertensivo e antianginoso, usado na angina, miocardiopatia hipertrófica, hipertensão arterial e pulmonar.

E se ele for administrado concomitantemente com outros medicamentos?

Alguns medicamentos podem ter seu efeito alterado se tomados com nifedipino. São eles:

· Outros medicamentos para o tratamento da pressão alta, como diuréticos, beta-bloqueadores, inibidores da ECA, antagonistas do receptor AT-1, outros antagonistas de cálcio, bloqueadores alfa-adrenérgicos, inibidores da PDE5 e alfa-metildopa, podem ter o seu efeito aumentado;

· Betabloqueadores, usados para tratar a pressão alta e algumas doenças do coração, podem provocar queda muito forte da pressão e piorar o funcionamento do coração;

· Digoxina, usada para tratar doenças do coração, pode ter seu efeito aumentado;

· Quinidina, usada para o tratamento das alterações das batidas do coração: pode ser necessário ajustar sua dose ao se iniciar ou terminar o tratamento com nifedipino;

· Tacrolimo, usado em doentes transplantados: junto com nifedipino poderá ser necessário reduzir a dose de tacrolimo.

Alguns medicamentos podem alterar o efeito do nifedipino se tomados juntos. São eles:

¯ Os seguintes medicamentos reduzem o efeito de nifedipino:

· Rifampicina (antibiótico):não se pode usar junto com nifedipino, pois reduz o efeito deste;

· Fenitoína, carbamazepina, fenobarbital (antiepilépticos): reduzem a eficácia de nifedipino;

¯ Os seguintes medicamentos podem aumentar o efeito de nifedipino :

· Antibióticos macrolídeos, p. ex. eritromicina;

· Inibidores da protease anti-HIV ou antivirais usados para o tratamento de AIDS, p. ex. ritonavir;

· Antifúngicos azólicos, p. ex. cetoconazol;

· Antidepressivos como fluoxetina e nefazodona;

· Quinupristina/dalfopristina (antibióticos);

· Ácido valpróico (antiepiléptico);

· Cimetidina (para o tratamento de úlceras do estômago ou do intestino);

· Cisaprida (para o tratamento de certas doenças do estômago e do intestino).

¯ Interação com alimentos: não se deve tomar suco de toronja, conhecida também como grapefruit, enquanto estiver em tratamento com nifedipino, pois poderá ocorrer uma queda maior da pressão.

INFORME AO MÉDICO O APARECIMENTO DE REAÇÕES INDESEJÁVEIS, SE VOCÊ ESTIVER UTILIZANDO OU SE UTILIZOU RECENTEMENTE OUTROS MEDICAMENTOS, INCLUSIVE MEDICAMENTOS SEM RECEITA MÉDICA

Como ele age e quais efeitos o organismo pode ter com o seu uso?

Nifedipina contém a substância ativa nifedipino. O nifedipino pertence a um grupo de substâncias conhecidas como antagonistas do cálcio. Sua atividade mais importante é dilatar os vasos sangüíneos, diminuindo a resistência à passagem do sangue. Assim, o sangue corre mais livre pelas veias e artérias, e isso faz diminuir a pressão. O tratamento da pressão alta diminui o risco de ocorrerem complicações no coração, no cérebro e nos vasos sangüíneos. O nifedipino serve também para tratar a dor no peito, conhecida como angina do peito da doença coronária, porque essa substância ativa faz com que chegue mais sangue ao coração.

Como qualquer medicamento, nifedipino pode provocar efeitos indesejáveis, como os seguintes:

Efeitos mais freqüentes: dor de cabeça, inchaço, dilatação dos vasos sangüíneos, prisão de ventre e mal-estar geral.

Efeitos pouco freqüentes: reação alérgica, reação alérgica com inchaço na língua e na garganta, podendo dificultar a respiração (angioedema), ansiedade, alterações do sono, vertigem, enxaqueca, tontura, tremor, alterações da visão, aceleração ou palpitações das batidas do coração, pressão muito baixa, síncope, sangramento no nariz, congestão nasal, dor de barriga, náusea, indisposição do estômago, gases intestinais, secura na boca, alterações nos exames de sangue que avaliam a função do fígado, vermelhidão inflamatória da pele, câimbras, dores e alterações nas articulações, urina excessiva, dificuldade ou dor ao urinar, dificuldade na ereção do pênis, dores em geral e calafrios.

Efeitos raros: coceira, urticária, aparecimento de lesões ou vermelhidão da pele, sensação anormal como queimação, espetadelas, cócegas ou formigamento, comprometimento da sensibilidade chegando quase à anestesia, alterações e inflamações das gengivas.

Outros efeitos muito raros: reação alérgica grave, com risco de vida, em que há dificuldade para respirar, e reações na pele (choque anafilático) e vômito.

Quais os cuidados que devem ser tomados ao utilizar esse medicamento?

Nifedipina deve ser usada com precaução nos seguintes casos:

– em pacientes que sofrem de pressão muito baixa ou de mau funcionamento do coração, chamada de insuficiência cardíaca, ou pessoas que tenham estreitamento da artéria aorta, conhecido como estenose aórtica grave;

– em pacientes que observarem um agravamento da angina do peito, em especial no início do tratamento, devem informar o seu médico imediatamente;

– em pacientes com hipertensão essencial ou angina do peito estável quando nenhum outro tratamento for adequado;

– doença do fígado, pois neste caso poderá ser necessário reduzir a dose do medicamento;

– no caso de mulheres grávidas, há necessidade de precaução se a nifedipina for administrada com sulfato de magnésio por via endovenosa.

A nifedipina pode ser a causa de insucesso na fertilização artificial em homens que estejam tomando o medicamento e não apresentem outras causas que justifiquem esse insucesso.

Reações à droga, que variam em intensidade de indivíduo para indivíduo, podem reduzir a capacidade de dirigir veículos ou de controlar máquinas. Isso pode ocorrer, sobretudo no início do tratamento, na mudança de medicação ou sob ingestão alcoólica simultânea.

Nifedipina não deve ser usada nas situações abaixo:

– Alergia ao nifedipino ou a qualquer dos outros ingredientes do medicamento.Caso haja dúvida com relação a ter tido ou não qualquer alergia devida ao nifedipino, consulte seu médico;

– Em caso de choque de origem cardíaca;

– Paciente fazendo uso do antibiótico rifampicina, que é um medicamento que combate infecções.;

– Se sofrer de angina do peito instável ou se sofreu infarto agudo do miocárdio, nas últimas quatro semanas;

– Antes da 20ª semana de gravidez e na amamentação, exceto sob orientação médica. Informe ao seu médico caso ocorra gravidez ou início de amamentação durante o uso deste medicamento.

ESTE MEDICAMENTO É CONTRA-INDICADO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES.

Com quais outros nomes esse medicamento pode ser encontrado?

Medicamentos genéricos

Nifedipino (EMS); Nifedipino (Funed); Nifedipino (Neovita); Nifedipino (Prodotti) Outros medicamentos com o mesmo princípio ativo Cardalinretard (SolvayFarma); Cronodipin (Merck S.A.); Dilaflux (Medley); Dipinal (Cifarma); Furp-Nifedipina (FURP); Iquego-Nifedipino (Iquego); LoncordRetard (Diffucap-Chemobras); Neofedipina (Neo Química); Nifadil (Sanval); Nifedax (Royton); Nifedicard (Kinder); Nifedin (Cristália); NifehexalRetard (Hexal); Nioxil (Geolab); Niprezin (Multilab); Normopress (Delta); Oxcord (Biosintética); Prenilan (Laboris); Prodopina (Prodotti); Vasicor (Haller) Padrão para texto de Bula Adalat (Bayer)

Nomes comerciais

Adalat®, Adalat oros®, Adalat retard®, Cardalin®, Cardalin retard®, Diaflux®, Diaflux retard®, Nifedipina®, Nifedipina retard®, Nifelat®, Oxcord®, Oxcord Retard®, Vasicor®, Vasicor retard®.

ATENÇÃO:

NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.

SIGA A ORIENTAÇÃO DE SEU MÉDICO, RESPEITANDO SEMPRE OS HORÁRIOS, AS DOSES E A DURAÇÃO DO TRATAMENTO.

NÃO INTERROMPA O TRATAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO.

NÃO USE MEDICAMENTO COM PRAZO DE VALIDADE VENCIDO. ANTES DE USAR, OBSERVE O ASPECTO DO MEDICAMENTO.

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Captopril

12 de dezembro de 2009

Em que situações esse medicamento pode ser utilizado?

Captopril é um anti-hipertensivo utilizado no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva,infarto do miocárdio e nefropatia diabética (doença renal causada por diabetes). É um medicamento que pode estar associado a um diurético do tipo tiazida (hidroclorotiazida). Foi o primeiro inibidor da ECA a ser comercializado.

Os efeitos benéficos do captopril na hipertensão e na insuficiência cardíaca parecem resultar principalmente da supressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona, resultando em concentrações séricas diminuídas de angiotensina II e aldosterona. Entretanto, não há uma correlação consistente entre os níveis da renina e a resposta à droga. A redução da angiotensina II leva à uma secreção diminuída de aldosterona e, como resultado, podem ocorrer pequenos aumentos de potássio sérico, juntamente com perda de sódio e fluidos.

E se ele for administrado concomitantemente com outros medicamentos?

Estudos afirmam que o captopril pode perder até 80% da sua eficácia e biodisponibilidade se administrados concomitantemente com outros medicamentos ou alimentos. Ao contrário de alguns fármacos que têm a sua absorção diminuída mas não comprometida pela administração conjunta com outras substâncias, o captopril deve ser ingerido sem nenhuma associação para evitar perda da sua eficácia ou aumento de seus efeitos adversos. Recomenda-se um intervalo 1 a 2 horas para se administrar o captopril.

Além disso, podem ocorrer interações medicamentosas se administrado juntamente com diuréticos, pois aumentam o efeito anti-hipertensivo de Captopril; por esse motivo é muitas vezes recomendação médica o uso concomitante com hidroclorotiazida. A indometacina e antiinflamatórios não-esteróides (ácido acetilsalicílico) reduzem o efeito anti-hipertensivo de Captopril. Espironolactona, triantereno ou amilorida são agentes poupadores de potássio e só devem ser administrados caso se comprove a hipopotassemia. Captopril associado com lítio, provoca aumento nos níveis séricos do último, devendo ser administrado com cautela. Captopril é removido da circulação por hemodiálise.

Como ele age e quais efeitos o organismo pode ter com o seu uso?

Administrado por via oral, o captopril sofre rápida absorção e tem biodisponibilidade de cerca de 65%. As concentrações plasmáticas máximas são observadas em 1 hora e o fármaco é rapidamente depurado. A maior parte do fármaco é eliminada na urina, 40-50% na forma de captopril e o restante como dímeros de dissulfeto de captopril-cisteína. A dose oral de captopril varia de 6,25 – 150 mg de 2 a 3 vezes ao dia, sendo as doses de 6,25 mg 3x/dia e 25 mg 2x/dia apropriadas para o início da terapia para insuficiência cardíaca e a hipertensão, respectivamente. A maioria dos pacientes não deve receber doses diárias superiores a 150 mg. Como o alimento diminui a biodisponibilidade oral do captopril em 25-30%, o fármaco deve ser administrado uma hora antes das refeições.

Um dos efeitos adversos mais comuns é a tosse. Esse tipo de tosse é ocasionada devido a uma enzima análoga à ECA ( Enzima Conversora de Angiotensina ) que é a responsável pela degradação de bradicinina no trato respiratório. Com isso, os níveis de bradicinina aumentam e provocam o sintoma da tosse mediada por captopril.

  • Tosse: Com o bloqueio da ECA há liberação de bradicinina, relacionada a fenômenos alérgicos, podendo gerar tosse no paciente. Esse tipo de tosse é ocasionada devido a uma enzima análoga à ECA que é a responsável pela degradação de bradicinina no trato respiratório. Com isso, os níveis de bradicinina aumentam e provocam o sintoma da tosse mediada por captopril.
  • Hipotensão: Principalmente em pacientes com insuficiência ventricular esquerda e fração de ejeção diminuída
  • Redução da função renal quando essa já está comprometida anteriormente

Com quais outros nomes esse medicamento pode ser encontrado?

Captopril pode ser comercializado com outros nomes, como: Capoten, Capotril, Capril, Captil, Captocord, Captolab, Capton, Captomed, Captopiril, Captotec, Captrizin, Catoprol, Ductopril, Hipoten, Normapril, Pressomax, Venopril.

Quais são os cuidados deve-se ter ao utilizar esse medicamento?

Pacientes portadores de insuficiência renal1, quando tratados com Captopril, necessitam de um ajuste posológico adequado, pois podem apresentar aumentos da uréia e da creatinina2 sérica; portadores de diabetes mellitus3 correm riscos de desenvolver hipercalemia. Se durante o tratamento com Captopril o paciente apresentar angioedema4 envolvendo a língua, glote ou laringe5, poderá ocorrer obstrução das vias aéreas e ser fatal; socorro de emergência deverá ser feito com a administração subcutânea de epinefrina 1:1000. Devido à alta incidência dos riscos para o feto, não é aconselhado o uso de Captopril por gestantes ou mulheres em fase de amamentação. Crianças, em especial recém-nascidos, parecem ser mais susceptíveis a reações adversas hemodinâmicas de Captopril; a eficácia e a segurança do uso pediátrico ainda não estão bem definidas, devendo haver cautela no uso. O uso em idosos (acima de 65 anos) requer prescrição e acompanhamento médico.

Quais são as reações adversas que podem aparecer devido ao seu uso?

As reações mais freqüentes são: erupções cutâneas, raras vezes acompanhadas de pruridos, febre6, artralgia7, astenia8, fadiga, náusea, tontura9, anorexia10, dores abdominais, irritação gástrica, insônia, dispnéia e alopecia. Os distúrbios renais que já foram relatados em cerca de 1 a 2 pacientes em cada 1.000 abrangem: insuficiência renal1, poliúria, oligúria, freqüência urinária aumentada, falha da função renal1 e síndrome nefrótica. Em índices menores podem ocorrer: distúrbios cardiovasculares (hipotensão, taquicardia11, dor torácica), hepatobiliares (icterícia, hepatite12), musculoesqueléticos (mialgia13, miastenia14), dermatológicas (pênfigo bolhoso, eritema multiforme15, dermatite16 esfoliativa). Existem relatos raros de angioedema4 envolvendo as extremidades, face, lábios, membranas mucosas, língua, glote ou laringe5. O uso de Captopril pode provocar as seguintes alterações nos testes laboratoriais: proteinúria, hipercalemia, hiponatremia, elevação da uréia e creatinina2 sérica, neutropenia17, agranulocitose18, elevação das transaminases, fosfatase alcalina e bilirrubina19 sérica.

Existe alguma contra-indicação para o uso desse medicamento?

Para pacientes com história de hipersensibilidade à droga ou qualquer outro inibidor da enzima20 angiotensina (ECA) fica restrito o uso de Captopril.

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